Que o Seu Direito de Se Expressar Não Fira o Meu Direito De Discordar e Reclamar da Sua Expressão!

Postado Às  19:14  |  Na Categoria  Sociedade

A constituição Brasileira nos garante o direito a livre expressão, direto de falarmos o que bem entendermos criticar a quem quisermos criticar, discordarmos e concordarmos com quem nós quisermos isso é o direito de expressão.

Porem, como é de praxe, todo direito é duplo por trazer junto consigo as responsabilidade por assumir o que foi dito ou escrito. Isso acontece, pois como diz o velho ditado popular – o meu direito termina onde começa o seu – e isso é regra, e que bom que assim é.


Mesmo sendo assim, nem todo mundo compartilha desse entendimento e isso muitas vezes acaba trazendo grande – e bem grandes mesmo – prejuízos financeiros e de vida mesmo. Foi o que aconteceu com o jornalista sergipano José Christian Góes que foi condenado a 07 anos de prisão por ter se expressado livremente, talvez de forma um tanto displicente quanto ao direito do próximo. O caso foi noticia hoje em toda a mídia e a repercussão pode ser medida pelos comentários deixados nas matéria que eu não sei por que não divulgaram nem um link que pudesse levar ao texto do jornalista.

Mesmo para quem teve o prazer (sim, prazer pois o texto é uma critica muito bem feita) de ler o texto terá de saber que o mesmo foi escrito durante uma fase quente do governo sergipano quando a presidente do SINTESE – Sindicato do Trabalhadores na Educação de Sergipe e seus sindicalizados estavam duramente empenhados em uma campanha antigovernamental pela conquista do seu aumento salarial que esta garantido na lei. Leiam abaixo o texto do jornalista Christian e tirem suas próprias conclusões dos fatos.
Eu, o coronel em mim
... Mando e desmando. Faço e desfaço ...
Está cada vez mais difícil manter uma aparência de que sou um homem democrático. Não sou assim, e, no fundo, todos vocês sabem disso. Eu mando e desmando. Faço e desfaço. Tudo de acordo com minha vontade. Não admito ser contrariado no meu querer.  Sou inteligente, autoritário e vingativo. E daí?
No entanto, por conta de uma democracia de fachada, sou obrigado a manter também uma fachada do que não sou. Não suporto cheiro de povo, reivindicações e nem com versa de direitos. Por isso, agora, vocês estão sabendo o porquê apareço na mídia, às vezes, com cara meio enfezada: é essa tal obrigação de parecer democrático.
Minha fazenda cresceu demais. Deixou os limites da capital e ganhou o estado. Chegou muita gente e o controle fica mais difícil. Por isso, preciso manter minha autoridade. Sou eu quem tem o dinheiro, apesar de alguns pensarem que o dinheiro é público. Sou eu o patrão maior. Sou eu quem nomeia, quem demite. Sou eu quem contrata bajuladores, capangas, serviçais de todos os níveis e bobos da corte para todos os gostos.
Apesar desse poder divino sou obrigado a me submeter à eleições, um absurdo. Mas é outra fachada. Com tanto poder, com tanto dinheiro, com a mídia em minhas mãos e com meia dúzia de palavras modernas e bem arranjadas sobre democracia, não tem para ninguém. É só esperar o dia e esse povo todo contente e feliz vota em mim. Vota em que eu mando.
Ô povo ignorante! Dia desses fui contrariado porque alguns fizeram greve e invadiram uma parte da cozinha de uma das Casas Grande. Dizem que greve faz parte da democracia e eu teria que aceitar. Aceitar coisa nenhuma. Chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã, e dei um pé na bunda desse povo.
Na polícia, mandei os cabras tirar de circulação pobres, pretos e gente que fala demais em direitos. Só quem tem direito sou eu. Então, é para apertar mais. É na chibata. Pode matar que eu garanto. O povo gosta. Na educação, quanto pior melhor. Para quê povo sabido? Na saúde...se morrer “é porque Deus quis”.
Às vezes sinto que alguns poucos escravos livres até pensam em me contrariar. Uma afronta. Ameaçam, fazem meninice, mas o medo é maior. Logo esquecem a raiva e as chibatadas. No fundo, eles sabem que eu tenho o poder e que faço o quero.  Tenho nas mãos a lei, a justiça, a polícia e um bando cada vez maior de puxa-sacos.

O coronel de outros tempos ainda mora em mim e está mais vivo que nunca. Esse ser coronel que sou e que sempre fui é alimentado por esse povo contente e feliz que festeja na senzala a minha necessária existência .

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R. Lima (Rodeval Lima): Blogueiro, Fotografo e apaixonado por Internet e Tecnologia. Guerreiro, pois para se dá bem nesse mundo precisa ser e o restante é um cara comum e como qualquer oura pessoa apaixonado pela vida.Me Siga NoGoogle+.

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