UM POUCO DO QUE ACHO PENSO O CASO SANTIAGO ANDRADE

Venho acompanhando o caso do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade que faleceu depois de ser atingido por um rojão disparado por Caio Silva de Souza que foi preso hoje em Feira de Santana, onde estava escondido e assumiu que acendeu o rojão que matou Santiago e que fugiu porque tinha medo de ser morto por pessoas envolvidas com a manifestação.

Até agora eu só falei o necessário para entreter quem lê o site e quer pensar esta informado pois já acostumou a consumir esse tipo de noticia enfeitada. Hoje porem eu resolvi dar a minha opinião pessoa sobre o caso. Vamos lá então.

Não podemos e nem devemos dizer aqui que o rapaz não seja culpado, porem, a coisa tomou rumos já esperados das manipulações midiáticas como sempre nesse pais.

O caso de ter acendido e detonado o rojão é inegável, dai fico lembrado que o repórter fotográfico e o primeiro a falar sobre o caso disse ter visto ele tentando posicionar o artefato contra os policiais, coisa que deixou de fazer ao notar que estava sendo fotografado largando o foguete aceso virado para o cinegrafista e saiu correndo. Mais uma vez repito, ele esta errado, mais fico penado que não foi um caso premeditado contra o cinegrafista e sim em minha opinião um erro na execução do projeto.

Caso esse artefato tivesse sido posicionado contra a policia seguindo o projeto, não teria sido tão forte o impacto devido aos escudos da tropa de choque que protegeria os soldados, porem mesmo assim seria crime. Se o caso tivesse ocorrido como o panejado e os atingidos fossem os policiais sem ou com gravidade é possível que a mídia noticiasse que, um manifestante detonou um rojão após ser brutalmente atingido, ou ameaçado por policiais.

Se tivesse sido um cidadão comum o atingido, nas mesmas circunstâncias dos policiais, talvez e só talvez tivéssemos como manchete que um manifestante/civil foi erroneamente atingido por um objeto explosivo supostamente lançado por outros manifestantes.

O fato de a vítima ser um cinegrafista, ser da imprensa – como eu também sou – não tornou o crime mais hediondo e o criminoso mais culpado. Ele esta sendo apenas usado como out-dor para as grandes mídias esculacharem o governo e a segurança pública que hoje já cambaleia.

Lembrei-me agora que antes do depoimento do fotografo a reportagem da Globo News foi categórico em afirmar que o objeto que atingiu o cinegrafista seria uma bomba de efeito moral da policia. No dia seguinte a entrevista do fotografo ao fantástico W. Bonner pediu desculpas em nome da G News.

Repito novamente: o crime aconteceu e aconteceria em qualquer uma das circunstancias que citei, porem, se a vitima fosse outra o desfecho seria também outro.